Quase três meses após o fim do prazo da entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF 2017, referente aos dados do ano-calendário 2016, só no Estado de São Paulo a Receita Federal do Brasil – RFB recebeu 223.339 documentos.
Deste total, 67.243 são declarações originais, ou seja: de pessoas físicas que deviam ter enviado o documento até o dia 30 de abril, mas não o fizeram. As outras 156.096 declarações são retificadoras.
O número é alarmante, visto que a Receita Federal dá dois meses de prazo para a entrega da declaração e mais de 65 mil contribuintes não conseguiram cumprir com a obrigação (lembrem-se que estamos apenas falando do Estado de São Paulo).
Justificar este atraso é difícil, mesmo porque nos 60 dias que antecedem o prazo de entrega das declarações do IRPF, é comum ouvirmos notícias no rádio, na televisão, na internet, em nossos tablets e smartphones…sem contar as colunas de tira dúvidas dos principais jornais e os plantões promovidos por entidades de classe, instituições de ensino e até mesmo a Receita Federal.
Na maioria das reportagens, os jornalistas e entrevistados são unânimes em alertar os contribuintes para não deixarem a entrega do documento para a última hora, primeiro porque, quanto mais rápido prestarem as contas, mais rápido receberão suas restituições. E, segundo, porque na última hora sempre surgem uma ou mais dores de cabeça, sem falar das multas às quais estão sujeitos se não cumprirem o prazo.
Mas então por que tanta gente deixou de prestar contas com o leão? E agora terão de pagar multa mínima de R$ 165,74? Será que a “arte” de procrastinar é genuinamente nossa? Quantas vezes você, leitor, deixou para amanhã o que poderia ter sido feito hoje?
Por que deixamos as coisas para a última hora?
A procrastinação (do latim procrastinare, que significa encaminhar para amanhã) é o ato de adiar tarefas e compromissos e ocorre com (quase) todo mundo. Para piorar, esse problema não está exclusivamente relacionado ao IRPF. Pense bem: quem nunca procrastinou ao acordar, apertando o soneca do despertador por mais cinco ou dez minutos, ainda mais neste friozinho? Atire a primeira pedra quem nunca ficou com preguiça de lavar a louça de almoço com a família no domingo, sabendo que limpar tudo aquilo na segunda-feira dará a maior trabalhadeira… E quantas vezes deixamos de responder aquele e-mail ou a mensagem de whatsapp que achamos inconveniente, mas teremos de nos opor, mais cedo ou mais tarde?
Geralmente, arrumamos uma “desculpa” para tudo aquilo que julgamos chato: “Vou começar amanhã a fazer exercícios físicos” ou “Deixarei para o fim de semana a declaração do Imposto de Renda”. Na prática, não há nada de anormal em não querer fazer as tarefas enfadonhas, tediosas ou difíceis e adiá-las, arrumando um pretexto relacionado à falta de tempo, preguiça, cansaço ou o famoso “não é tão importante assim”. A anormalidade ocorre quando se torna comum adiar atividades que não podem ser deixadas para depois.
Saiba que a procrastinação não depende da urgência, decisão ou do teor da tarefa ou compromisso. Quem cria o hábito de procrastinar, geralmente deixa tudo para depois e na Contabilidade isso pode trazer prejuízos incalculáveis, já que os fiscos das três esferas trabalham com prazos, que se não forem cumpridos podem gerar multas e muita dor de cabeça para o contabilista e para o contribuinte… Um problema duplo!
Portanto, reserve um tempo na agenda para cada atividade, criando uma espécie de cronograma; estabeleça as prioridades e diga mais “nãos”, evitando acumular responsabilidades e problemas que não são seus. O objetivo é se comprometer somente com suas atividades – que podem e devem ser cumpridas.
Fonte: Certisgn
IR 2017: Não entregou sua declaração? Entregou a declaração com erros?
– O ideal é fazer a retificação o mais rápido possível para evitar cair na malha fina ou ser autuado pela Receita.
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