O planejamento orçamentário é uma das estratégias que fazem a diferença para a sobrevivência de sua empresa.
E se estamos em tempos de crise econômica, isso faz mais sentido ainda! Por mais que a empresa já tenha determinado o orçamento para o resto do ano, isso não significa que ele não pode ser revisado.
Pense bem, um ajuste de rota não é nada absurdo.
Olhe em volta o tanto de empresas que não conseguem elaborar um orçamento contra a crise. Muitas foram obrigadas a fechar as portas e outras estão lutando para se manter.
O objetivo principal é não afetar a parte operacional da empresa e continuar a prestar o melhor serviço aos seus clientes.
Além disso, empresas bem geridas na crise geralmente são as primeiras a sair dela.
Portanto, analise a possibilidade de sua empresa adotar o orçamento colaborativo, o orçamento revisado, o orçamento base zero ou o orçamento contínuo.
É preciso entender bem seu ramo de negócios para verificar o planejamento orçamentário ideal.
Planejamento orçamentário
Talvez nem o mais pessimista dos empreendedores pensaria em um cenário tão duro quanto o atual.
Após realizar todo estudo necessário você viu seu faturamento cair, e seu estoque parado. Em outras palavras, seu planejamento orçamentário de 12 meses foi para o lixo.
No entanto, existem maneiras de ajustar seu orçamento de maneira dinâmica, ou mesmo começar uma nova maneira de elaborar um!
Não há mágica envolvida, ou seja, o empreendedor ainda tem por obrigação analisar as despesas, custo fixo, custo variável, o orçamento da mão de obra, da matéria prima, orçamento de produção, fabricação e etc
O que muda é a flexibilidade de como você vai alocar os recursos necessários nos setores da empresa onde ela mais necessita.
Em resumo, o orçamento que você reservou para determinada área no início do ano, talvez não faça mais sentido agora e você pode alocar ele em outra operação.
Se alguns dos maiores CEOs do mundo pregam que deve haver uma maior flexibilização administrativa e operacional das empresas para enfrentar os desafios da crise, é preciso rever os processos da sua empresa também.
Orçamento colaborativo
Para gerenciar bem uma empresa é necessário contar com chefes de setor inteligentes. Aqueles que conhecem como ninguém a área pela qual são responsáveis.
Quais os gastos, onde existe a necessidade de melhora e os pontos fortes, por exemplo.
Sendo assim, como o próprio nome sugere o orçamento colaborativo busca descentralizar a tomada de decisão neste quesito.
Com base no seu próprio centro de custo separado, o responsável pelo setor dá sua opinião a respeito do orçamento necessário para sua operacionalidade.
Mais ainda, há um efeito de empoderamento dos colaboradores, pois eles se sentem mais engajados em suas tarefas, uma vez que as metas que eles propuseram foram acatadas. Além de se sentirem responsáveis por cumprir o acordo sobre o orçamento no que diz respeito as despesas.
Para implantar essa maneira de planejamento é necessário um estatuto de votos que serão feitos durante as reuniões deliberativas.
Se caso a cultura organizacional da diretoria for hierarquizada e com rigidez quanto ao cumprimento de decisões unilaterais, o orçamento colaborativo torna-se impraticável.
Talvez esse seja o momento oportuno para o empresário deste perfil ouvir mais pessoas de confiança nos setores.
Por mais que você tenha o controle de sua empresa, você não sabe mais do que eles sobre certos detalhes específicos.
Base zero
Após todo o trabalho minucioso de análise de relatórios para elaborar o orçamento anual futuro da empresa tudo parou de fazer sentido.
Você gostaria de ter como retomar o planejamento orçamentário do início para que tudo se encaixe a nova realidade?
É provável que o orçamento base zero, conhecido também pela sigla OBZ, seja o ideal para este reinício.
O planejamento OZB é feito sem levar em conta qualquer dado anterior sobre receitas, despesas ou custos.
Ou seja, um orçamento base zero.
Se um empresário da rede de varejo tinha orçado a quantia de R$ 3 mil para material gráfico de divulgação nas ruas como panfletos, baseado na mesa quantia gasta do período anterior, por exemplo, vai verificar que não há necessidade no atual momento.
Ou ainda, se ele tinha um orçamento tímido voltado ao desenvolvimento de sua rede de TI baseado em relatórios passados, ele agora verificou a necessidade de separar o dobro, ou triplo da quantia original.
Ou seja, ele tem a possibilidade de cortar custos desnecessários e reservar dinheiro para investir onde faz sentido no momento.
O OBZ impede que o empresário trabalhe com um orçamento que não condiz mais com a nova estratégia estabelecida.
Assim, ele observa as demandas atuais de despesas, investimentos e custos.
Este tipo de planejamento orçamentário exige muita dedicação da mesa diretora e de colaboradores em posições importantes devido ao seu alto grau estratégico.
Orçamento revisado
Em um cenário marcado por incertezas e necessidade de ajustes operacionais, o orçamento revisado talvez seja o mais apropriado para ajudar uma empresa na tomada de decisão rumo à mudança.
E por que? Porque nesse tipo de planejamento, também conhecido como forecast, existe a segurança de que por mais que haja mudanças externas de cenário sócio-econômico, as metas orçamentárias definidas serão cumpridas.
Funciona com o orçamento mensal estipulado para certo setor, que é revisado periodicamente de forma bimestral ou trimestral.
Dessa maneira há a possibilidade de detectar se o que foi orçado para o ano inteiro no setor de compras, por exemplo, já atingiu mais da metade planejada antes mesmo do meio do ano.
Ao revisar o planejado e o realizado, pode-se equilibrar o orçamento.
Dessa forma se garante que exista dinheiro o suficiente para cumprir a meta.
Orçamento contínuo
É possível dizer que o orçamento revisado é um primo próximo do contínuo, isso porque ambos permitem ações mais dinâmicas de planejamento.
Esta modalidade é uma alternativa viável para empresas de varejo que não podem ficar com o estoque parado por muito tempo.
O orçamento contínuo, também conhecido como rolling budget, é baseado na necessidade de revisar mensalmente o orçamento da empresa ao mesmo tempo que faz uma projeção para os próximos 12 meses adiante.
Enquanto isso, o orçamento da empresa ganha dinâmica necessária para cobrir áreas que necessitam de uma mudança.
Em outras palavras, ele se torna contínuo e bem delimitado, tendo sempre 12 meses à frente.
Isso também exige um comprometimento da direção da empresa para o engajamento de todos em cima do que foi acordado.
Conclusões
Não adianta você escolher um novo modelo para implantar em sua empresa se você não possuir gestão financeira.
Para contar sempre com dados precisos e em tempo real do que acontece na empresa é altamente indicado que o empreendedor invista na automação de sistemas de gestão empresarial.
Por fim, caso não haja a produção de relatórios precisos do que você tem de custos, despesas, fluxo de caixa e sobre a necessidade de investir em novos produtos de seu estoque, pouco vai adiantar o modelo de planejamento orçamentário escolhido.
Fonte: FoxManager
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